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contaminacao biologica

Saiba detectar a contaminação biológica, e a evitar que ela comprometa sua cultura de células

contaminacao biologicaA cultura de células é procedimento cada dia mais usual em laboratórios, colaborando decisivamente com várias vertentes da produção e da pesquisa farmacêutica e médica: biotecnologia, desenvolvimento de vacinas e de substâncias biologicamente ativas, medicina regenerativa, entre inúmeras outras. E a contaminação biológica pode ser um inimigo fatal para essa cultura.

Decorrente da ação de microrganismos, a contaminação biológica não resulta apenas em desperdício de tempo e de recursos: seu efeito mais nocivo pode ser a interferência nos resultados dos ensaios, e a perda de confiança nos dados.

Infelizmente, esse problema é ainda bastante comum, pois os microrganismos são extremamente disseminados em nosso dia a dia, e contam com diversos caminhos para chegar até as culturas.

Existem, porém, métodos e cuidados capazes de, se não de eliminá-lo totalmente, ao menos minimizar esse risco. Mostraremos quais são ainda nesse texto; mas antes lembraremos quais os principais agentes de contaminação biológica, e seus efeitos nas culturas.

 

Agentes contaminantes

Diferentes tipos de microrganismos podem contaminar uma cultura de células:

  • Bactérias e fungos (incluindo bolores e leveduras): Podem desenvolver-se muito rapidamente no nutritivo ambiente de cultivo; mas as são mais facilmente identificáveis, comparativamente a outros contaminantes.
  • Vírus: Não produzem alterações visualmente significativas, mas podem ocasionar problemas graves, como redução nas taxas de crescimento e mesmo morte das células.
  • Micoplasmas: Tecnicamente, são bactérias, porém com características que possibilitam seu agrupamento em uma categoria específica. São talvez os agentes contaminantes mais nocivos, pois além de apresentarem grande dificuldade para sua detecção, seus efeitos podem ser extremamente prejudiciais para as culturas.

 

Prevenir é preciso

A prevenção é a atitude mais eficaz no combate à contaminação de uma cultura celular. E ela deve fundamentar-se em duas premissas básicas: a constante limpeza e desinfeção do ambiente com produtos desinfetantes, e a utilização de dispositivos e instrumentos estéreis.

É importante dispor de um rol de medidas e procedimentos que devem ser seguidas à risca. Algumas delas:

  • Esterilização de instrumentos: pipetadores, vórtices, centrífugas, entre outros dispositivos, devem ser periodicamente esterilizados com o uso de recursos como estufas, autoclaves e radiação.
  • Fluxo laminar: antes e após o uso deve ser desinfetado com álcool 70%.
  • Água: deve-se trocar a água do banho-maria pelo menos uma vez a cada semana. Também a água das incubadoras de CO2 deve ser periodicamente substituída.
  • Treinamento dos usuários: Atos corriqueiros – como espirrar, tossir, e mesmo falar – podem gerar aerossóis repletos de contaminantes, tornando fatores de risco os próprios usuários, que devem ser continuamente treinados sobre cuidados no manejo das culturas. Eles também devem trajar jaleco, pois suas roupas podem trazer microrganismos para os laboratórios.

 

Descarte e tratamento

Detectada uma contaminação, o descarte da cultura é a medida geralmente mais recomendável: pode, porém, não ser uma medida simples, especialmente no caso de culturas mais valiosas.

Nesses casos, pode-se tentar tratá-las com antibióticos. Mas essa aplicação deve ser feita de maneira bastante criteriosa: afinal, os antibióticos não eliminam indiscriminadamente os contaminantes, e podem até mesmo mascarar contaminações.

Além disso, eles podem afetar as próprias células do cultivo, que após o tratamento devem, portanto, ser novamente avaliadas antes de submetidas aos ensaios.

 

Monitoramento contínuo

A adoção das medidas de limpeza e esterilização não elimina a necessidade de manutenção de uma rotina de monitoramento periódico de possíveis contaminações das culturas celulares, e de seus insumos. Isso garante culturas de melhor qualidade, e resultados mais confiáveis nos ensaios.

Diferentes métodos podem ser utilizados para verificar a possibilidade de contaminação: um deles, a inspeção visual, que deve ser constante, mas também microscopia, ensaios biológicos, PCR, fluorescência ou coloração química, turbidimetria, medições de pH, entre outros.

Cuidados desse gênero certamente alavancarão ainda mais o avanço das técnicas da cultura de células, que podem gerar informações e conhecimentos importantíssimos para o desenvolvimento de novas drogas, novas vacinas, órgãos sintéticos, entre outros recursos úteis para nossa saúde.

Ciente do valor dessas técnicas, a Spectrun empenha-se em seu desenvolvimento e em sua valorização, seja disponibilizando informações, seja fornecendo um diversificado e qualificado portfólio de soluções necessárias não apenas à cultura de células, mas às mais diversas áreas das Análises Clínicas, da Analítica, da Pesquisa, da Reprodução Humana e Animal. Saiba mais sobre nós em www.spectrun.com.br.



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