A biotecnologia é o segredo por trás do desenvolvimento e produção de novas vacinas, além de contribuir com o aperfeiçoamento de vacinas já existentes, tornando-as mais seguras e eficazes. Neste artigo falaremos um pouco mais a respeito da biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas. Confira!
A revolução biotecnológica
A biologia como um todo é fundamentada na observação e estudo dos seres vivos e, mesmo com suas inúmeras transformações, ela segue com este princípio, que possibilita o avanço de descobertas principalmente por meio da ação de estudo observacional e não pelas invenções e criações. A biotecnologia é uma vertente da biologia que implica no uso de organismos vivos para solucionar problemas e/ou produzir novos e melhores produtos para a sociedade, podendo ser utilizada em diversas áreas, como na Agricultura (na melhoria de alimentos com a redução da utilização de pesticidas, diminuição das perdas de alimentos pós-colheitas, etc.), no meio ambiente e na medicina.
Quando aplicada à medicina, ela leva a inúmeras descobertas, como novas formas de tratamento, diagnóstico e, principalmente, a prevenção de doenças, como é o caso da biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas e do seu aperfeiçoamento.
O desenvolvimento e aperfeiçoamento de vacinas com biotecnologia
A prevenção e diagnóstico precoce são as melhores formas de combater doenças, sendo as vacinas uma estratégia de intervenção com inúmeros benefícios, considerada a mais importante até hoje aplicada em saúde pública. Os avanços biotecnológicos têm contribuído para o desenvolvimento de formulações cada vez mais seguras e eficazes, e além disso, a aplicação de ferramentas biotecnológicas no desenvolvimento de vacinas vem provocando uma verdadeira revolução na forma como produzimos esses reagentes, tanto para uso em humanos quanto em animais.
Vacinas de DNA
As vacinas de DNA foram criadas como resultado dos avanços biotecnológicos em DNA recombinante e, ao contrário das vacinas tradicionais, elas têm a capacidade de gerar resposta imune celular e humoral, baseando-se no uso de sequências de material genético do agente que se quer combater. Além disso, algumas características de modulação de resposta imune das vacinas de DNA tornaram-nas um instrumento valioso para o desenvolvimento de vacinas com características terapêuticas. Sem dúvida, mais do que uma vacina específica, as vacinas de DNA representam uma forma alternativa de desenvolver imunoterapias viabilizadas graças à introdução das técnicas de DNA recombinante à pesquisa vacinal (MORAES, Paula Louredo).
Conclusão
As possibilidades proporcionadas pela biotecnologia geram perspectivas de que, em um futuro próximo, será possível criar e disponibilizar vacinas para o controle de doenças infecciosas e degenerativas que ainda não são passíveis de prevenção.
E ainda há as vacinas com efeitos terapêuticos, como no caso das vacinas de DNA, que embora representem um grande desafio a ser desbravado e vencido, têm cada vez mais se tornado viáveis para virar uma realidade, que ocasionará em um impacto significativo no tratamento de diversas doenças, como algumas formas de câncer.
Sendo assim, embora boa parte das vacinas atuais ainda seja fruto de metodologias desenvolvidas no século passado, a perspectiva é de que nos próximos anos seja desenvolvido um número cada vez maior de novas vacinas, muito mais seguras e eficazes, geradas por meio de técnicas de manipulação genética e produção de proteínas recombinantes em sistemas heterólogos. Você pode conhecer mais detalhes sobre a biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas no artigo de Diniz e colaboradores (2010).
Referências e fontes:
– Article Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas – Mariana de Oliveira Diniz (USP); Luís Carlos de Souza Ferreira (USP).
– Artigo Biologia sintética: uma possível revolução da biotecnologia (www.infoescola.com)
– “Vacinas de DNA”. MORAES, Paula Louredo; Brasil Escola.
– Artigo Principais aplicações da biotecnologia na medicina – Vanessa Kelly Silva de Oliveira; Lorena Faria Costa; Cristiane Alves da Fonseca – UEG.
– Engenharia genética e biotecnologia – Kreuzer; Adrianne Massey.
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