A fertilização in vitro (FIV) e o congelamento de óvulos e embriões são técnicas citadas com crescente frequência nas conversas e nos planejamentos dos casais, e de quem pretende ter filhos, mas enfrenta alguma dificuldade para a concretização desse desejo, ou de quem quer postergá-la para uma ocasião mais oportuna.
São técnicas ainda relativamente novas, sendo que o primeiro procedimento de FIV realizado com sucesso, ocorreu há pouco mais de quarenta anos. Mesmo sendo considerada “nova” no ramo da Medicina, a área da Reprodução Assistida cresceu e se destacou desde então.
Tendência mundial que pode ser explicada por diversos fatores:
- O motivo mais associado ao uso das técnicas de reprodução assistida é a infertilidade conjugal, diagnóstico caracterizado pela ausência de gestação após 12 meses de relação sexual sem contraceptivo;
- Em escala crescente, as técnicas de reprodução assistida também vêm sendo realizadas por casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras que desejam realizar uma produção independente, sem a necessidade de possuir um parceiro.
- Outro fator que cresce a cada dia, está relacionado às mulheres que recorrem à criopreservação de óvulos ou embriões. Graças ao avanço da Medicina, o relógio biológico não é mais um impedimento para as mulheres que desejam adiar a maternidade, uma vez que a partir dos 35 anos há um declínio gradativo da produção e qualidade dos óvulos.
- A preservação da fertilidade também é procurada por pacientes que serão submetidos a tratamentos com risco de infertilidade, podendo afetar a qualidade e quantidade de gametas, como por exemplo a quimioterapia. Nesse caso é possível realizar a criopreservação dos gametas femininos (Óvulos) e masculinos (Espermatozoides);
A própria disseminação do conhecimento e o acesso acerca dessas técnicas, também contribuem para popularizar a FIV e o congelamento de óvulos e espermatozoides.
Da origem a evolução
O primeiro procedimento bem-sucedido de Reprodução Assistida através da técnica de Fertilização In Vitro foi realizado na Inglaterra em 1978, resultando no nascimento de Louise Brown, popularmente conhecida como o primeiro bebê de proveta.
Os pais de Louise passaram por 9 anos de tentativas frustradas e a fertilização in vitro seria a última esperança do casal. A mãe de Louise Brown recebeu um embrião qualificado como ‘fresco’, ou seja, transferido para seu útero logo após a fertilização.
Desde o nascimento de Louise, os procedimentos laboratoriais foram aprimorados e atualmente é possível congelar óvulos, espermatozoides e embriões, com técnicas de criopreservação, que preservam sua integridade mantendo-os em temperaturas próximas a 200ºC negativos.
Nos dias de hoje, a técnica mais conhecida e utilizada no processo de criopreservação é a de Vitrificação, que aponta taxas de sobrevivência superiores a 90% de um modo geral após o descongelamento. De acordo com os estudos, as taxas de gravidez são semelhantes às dos procedimentos realizados com gametas e embriões “frescos” e não aumentam a probabilidade de alterações genéticas.
Considerações Finais
Desde o nascimento de Louise Brown as técnicas de Reprodução Assistida se propagaram, proporcionando oportunidades para as pessoas realizarem o sonho de serem pais ou a possiblidade de planejar a maternidade mais tardia.
Importante ressaltar: as técnicas de FIV e os procedimentos de congelamento de óvulos, sêmen e embriões, devem sempre ser realizados através de profissionais e de centros de reprodução humana de qualidade reconhecida.
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