Cultivo de animais aquáticos expande-se em todo o mundo, proporcionando maior segurança alimentar e alimentação de melhor qualidade.
Cresce muito rapidamente, em todos os cantos do planeta, a produção de peixes e frutos do mar pelas práticas da aquicultura, como é denominada a criação, em ambientes controlados, de seres que vivem na água.
No Brasil, dizem os dados mais recentes do IBGE, em 2021 essas práticas já resultaram na produção de cerca de 648,5 mil toneladas: de peixes, principalmente, mas também de camarões, ostras, mexilhões, algas, entre outros seres aquáticos. Isso significou um crescimento de quase 2%, relativamente ao ano anterior. Em receita, esse crescimento foi muito mais acentuado, superando nesse mesmo período a marca dos 15%, proporcionando assim um faturamento de R$ 6,4 bilhões.
O que é Aquicultura?
A aquicultura, informa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é a atividade de criação animal que mais cresce no Brasil, hoje o país aonde essa atividade cresce de maneira mais acentuada.
E várias razões podem justificar essa expansão: uma delas a existência no território nacional de grande disponibilidade de água – tanto doce quanto salgada -, e de terra onde possa-se realizar o cultivo. Outra, a crescente percepção de peixes e demais animais aquáticos como alternativas saudáveis de alimentação.
Essa conjunção de fatores gera grandes oportunidades de negócios, tanto para pequenos empreendedores para operações focadas em grandes volumes de produção. Além de contribuir para a redução da exploração – e assim favorecer a preservação -, dos sensíveis e ameaçados ambientes aquáticos naturais.
Principais técnicas
A aquicultura permite o cultivo, em ambientes controlados, tanto de seres de água doce quanto de água salgada: e não apenas peixes, mas também crustáceos, moluscos, algas, além de animais que vivem apenas parcialmente na água, como rãs e tartarugas.
Existem, atualmente, dois grandes modelos básicos de implementação desse cultivo:
- Tanques-rede – Estruturas flutuantes, semelhantes a grandes gaiolas, são instalados nos próprios corpos hídricos: no mar, em um rio, em um lago. Construídas com redes ou com telas revestidas, elas permitem um contínuo e elevado fluxo da água, mantendo assim os animais em seus habitas naturais, viabilizando porém o controle e o ajuste da alimentação e vedando o acesso a predadores.
- Viveiro-escavado – Nesse caso, há a construção de um habitat artificial, em um local de onde foi retirada a terra, formando uma espécie de um grande tanque que pode ser inclusive revestido com filmes plásticos ou outros materiais, e nos quais há o controle de praticamente todos os fatores de sobrevivência do cultivo.
Diversidade com qualidade
Dependo do ser cultivado, a aquicultura recebe uma denominação específica; destacando apenas aquelas já mais praticadas no Brasil, temos as seguintes denominações:
- Piscicultura: peixes
- Malacocultura: ostras, mexilhões e moluscos
- Carnicicultura: camarões
- Ranicultura: rãs
- Quelonicultura: tartarugas e tracajás
- Algicultura: algas
E pode-se ter uma ideia do grande potencial de crescimento dessas práticas recorrendo-se a números da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que estima que, enquanto a produção animal aquícola cresceu cerca de 6% entre 2018 e 2020 – chegando a 87,5 milhões de toneladas -, nesse mesmo período a produção da pesca de captura baixou 4%, atingindo 90,3 milhões de toneladas (valor, aliás, já não muito superior ao da aquicultura).
E a aquicultura, prossegue a FAO, deve crescer ainda mais rapidamente no decorrer desta década (mais detalhes desse relatório https://www.fao.org/brasil/noticias/detail-events/es/c/1585153/ ).
Como a maior reserva de água doce do mundo – cerca de 12% do total -, uma enorme faixa litorânea, e condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento de diversas espécies, o Brasil tem condições muito favoráveis para destacar-se nesse mercado.
Mas a exploração desse potencial deve necessariamente calcar-se em um acurado processo de controle de qualidade: da água, da alimentação, dos próprios produtos que depois serão comercializados. Para implementá-lo, pode-se sempre contar com a Spectrun, distribuidora das melhores soluções para qualquer necessidade de controle de qualidade, e para as diversas áreas das Análises Clínicas, do Desenvolvimento e da Pesquisa, da Reprodução Humana e Animal. Saiba mais sobre nós em www.spectrun.com.br.
Share article on