A biossegurança é um aspecto fundamental no ambiente laboratorial, que visa proteger colaboradores, o meio ambiente e a comunidade da exposição aos agentes presentes nestes locais. Neste artigo nós discorremos um pouco mais sobre a importância da biossegurança para laboratórios e necessidades de aplicações. Continue a leitura!
O que é biossegurança e qual a sua importância no ambiente laboratorial?
O termo biossegurança caracteriza um conjunto de ações e práticas cujo objetivo é a prevenção, minimização e eliminação dos riscos para a saúde humana e dos animais e a proteção do meio ambiente. Todos os laboratórios, sejam eles destinados a experimentos de natureza química ou biológica, apresentarão sempre uma infinidade de situações, fatores e atividades que trazem potenciais riscos aos profissionais e também ao ambiente ao seu redor, que podem resultar em alterações leves, moderadas ou até mesmo graves no organismo, por isso a importância da biossegurança. Sendo assim, é essencial pautar todas as ações dentro do laboratório de forma a seguir as normas de biossegurança predeterminadas para cada tipo de manipulação.
Lei de Biossegurança
O uso da biotecnologia no Brasil foi aprovado em 1995 por uma Lei regularmente votada no Congresso – Lei nº 8.974 de 5.1.1995, conhecida como a Lei de Biossegurança, posteriormente atualizada para Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Essa Lei tem a pretensão de regular por inteiro o tema biotecnologia, cobrindo a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação no meio ambiente e descarte de organismos geneticamente modificados (OGM) e derivados. A Lei de Biossegurança não só pretende regular todas as atividades relacionadas à biotecnologia, como também sob todos os pontos de vista, visando proteger o meio ambiente em geral, a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas. Conheça mais detalhes sobre a Lei no editorial publicado no link www.planalto.gov.br.
Classificação dos riscos
De acordo com o artigo A importância da implantação das normas de biossegurança em laboratórios publicado por Cristina Sanches no site LabNetwork, os riscos individuais e coletivos dentro de um laboratório podem ser classificados em riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, como elencamos a seguir:
Físicos: caracterizados pelos ruídos, vibrações, radiações, umidade, temperatura, que podem ser gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, além de quedas, escorregões e exposição à material radioativo e a temperaturas altas ou baixas.
Químicos: inerentes à manipulação de produtos químicos que podem penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeira, fumaças, gases, vapores, ou que podem penetrar no organismo por contato e absorção através da pele ou ingestão das substâncias tóxicas.
Biológicos: ocorrem pela manipulação de seres vivos em laboratórios (bactérias, fungos, parasitos e vírus) que são capazes de desencadear doenças devido à contaminação.
Ergonômicos: derivados da posição inadequada de mesas, bancadas, cadeiras e movimentos repetitivos.
Acidentes: são todos os fatores que colocam em risco o trabalhador. Exemplo: máquinas e equipamentos sem proteção, possibilidade de incêndio e explosão, armazenamentos inadequados etc.
Conclusão
De acordo com especialistas na área de Biossegurança, não importa o quão desenvolvidas e eficazes sejam as tecnologias disponíveis para minimizar ou eliminar os riscos, os profissionais atuantes nesses ambientes devem tomar todas as medidas de proteção necessárias, por isso a importância da biossegurança em laboratórios e da realização de treinamentos e acesso às informações no que se refere à ela.
Fontes:
Artigo Biossegurança em laboratórios; publicado no Portal Educação (Portal Educação)
Artigo Importância da aplicação da biossegurança em laboratórios de ensino e pesquisa; Danilo Alves Corrêa e Daniel Alves Corrêa (www.fait.revista.inf.br)
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