O Brasil é um grande exportador de biotécnicas reprodutivas de equinos, um mercado em constante expansão, no qual os animais com alto desempenho são muito valorizados e requisitados, uma vez que a espécie equina é reconhecida por ter uma capacidade reprodutiva menor que as demais espécies. Neste artigo você conhecerá melhor o processo de reprodução assistida de embriões equinos e os avanços das técnicas e protocolos utilizados. Confira!
Inseminação Artificial de embriões equinos
Primeiramente, é preciso entender que as técnicas de reprodução assistida de embriões equinos necessitam de grande conhecimento técnico e responsabilidade por parte dos profissionais envolvidos no processo, pois estes são fatores determinantes para a maximização da eficiência reprodutiva e melhor manipulação das células que irão resultar em linhagens geneticamente melhoradas.
De acordo com o artigo As principais técnicas de reprodução de equinos publicado no Blog do Mundo Veterinário, a inseminação artificial em equinos é uma biotécnica utilizada com o objetivo de aumentar a quantidade de progênies de um mesmo macho a partir de um único salto. Esta biotécnica é feita com coleta do sêmen de um garanhão e a sua fecundação com as células femininas. A inseminação artificial tanto pode ser realizada na mesma fêmea doadora ou em um outro animal, ou seja, a inseminação artificial pode ser associada com a transferência de embriões, maximizando os resultados.
Entre as principais vantagens da inseminação artificial estão:
- A preservação da linhagem;
- Redução da ocorrência de doenças em decorrência da monta;
- Melhoramento genético;
- Prevenção de acidentes decorrentes do acasalamento;
- Melhora o desempenho do rebanho;
- Facilita o cruzamento entre raças;
- Reduz a dificuldade dos partos.
A reprodução assistida de embriões equinos gera inúmeros ganhos genéticos para a espécie, inclusive a resolução de patologias que podem ser facilmente superadas com a inseminação artificial, além do evidente aumento da capacidade reprodutiva.
ICSI para Reprodução Equina
A ICSI – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide – é uma técnica de reprodução assistida que produz embriões “in vitro” a partir de uma injeção de um único espermatozoide dentro de cada óvulo, sendo uma das principais técnicas utilizadas na reprodução in vitro de equinos. O artigo Genética Equina, publicado pela Jornalista Luciene Gazeta no site Rural Pecuária, explica de acordo com a Médica Veterinária Perla Fleury que “na inseminação artificial convencional, necessitamos de um mínimo de 150 milhões de espermatozoides viáveis, enquanto na ICSI só precisamos de um. Sendo assim, essa técnica tem a vantagem de permitir a produção de gestações utilizando um sêmen de baixa qualidade, ou raro, ou ainda de alto custo, como é o caso de sêmen congelado comercializado por palheta”. Ela ressalta, complementando que a tecnologia também possibilita a produção de embriões de éguas, que não respondem mais à técnica convencional de transferência de embriões por diversos problemas reprodutivos.
Entenda como ocorre o processo de ICSI em equinos:
- Primeiro é realizada a aspiração folicular das éguas para recuperar os óvulos;
- O segundo processo é a maturação “in vitro”, ou seja, o preparo do óvulo para que se torne maduro e apto a ser fertilizado;
- Em seguida, os óvulos maduros recebem uma injeção de um único espermatozoide, dando a eles o potencial de se transformar em embriões, o que ocorre em até 8 dias;
- A porcentagem final de embriões produzidos é de 20%.
Equipamentos para a reprodução “in vitro” de equinos
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